Quanto é que cada um destes rappers ou grupos poderia render com as suas faixas se chegassem de forma organizada na principal plataforma de venda de música de Angola?

O tema principal deste artigo poderia estar em torno do que motivou o beef entre a TRX Music e a Young Family – que começou no dia 28 de junho quando os membro da TRX lançaram a faixa “Tarde Demais” que, até ao momento em que escrevemos este artigo, tinha mais de 70 mil reproduções no Soundcloud -, mas não é.
Na sequência da faixa da TRX, a Young Family lançou no dia seguinte a suposta resposta com a titulo “Cagamos”, que apesar de não estar de forma oficial no SoundCloud, podemos encontrar-la na plataforma de streaming com mais de 20 mil reproduções.
Na tarde do último dia do mês de junho, Kelson liberou a faixa “Superpotência 2”, que já soma mais de 55 mil reproduções no canal oficial do rapper no SoundCloud. No YouTube, disponibilizada de forma não oficial, o contador de views não para de girar.
O dia terminou com a faixa de Lil Mac, “Cagamos 2”, que já tem mais de 20 mil reproduções no canal oficial de YouTube da Young Family.
Entrando no tema principal deste artigo, fizemos a pergunta que no final do dia realmente importa que é: quanto estes rappers estão a faturar com este vai-e-vem à lavandaria para tratar da roupa suja?
Quanto é que cada um destes rappers ou grupos poderia render com as suas faixas se chegassem de forma organizada na principal plataforma de venda de música de Angola, a SOBA e-Music, ou nos principais serviços de música do mundo como a Apple Music, Spotify, Tidal ou mesmo Google Play Musica e no YouTube Music?
Por serem artistas angolanos, vamos começar pela SOBA e-Music. Quanto valem os mais de 180 mil downloads no total das quatro músicas lançadas nas últimas 48 horas pelos dois grupos?
A SOBA e-Music vende cada faixa a 70 Kz. Deste valor, 70% pertence ao artista, o que equivale a 49 Kz .
Se em vez de apenas exporem as suas vidas os artistas colocassem as quatro faixas lançadas a render na SOBA e-Music, nas últimas 48 horas estas ter-lhes-iam rendido 8.820.000 Kwanzas, cerca de 25 mil dólares, ao câmbio do Banco Nacional de Angola.
No cenário das vendas no iTunes, nestas dividem-se, em regra, assim: 30 por cento é a percentagem que cabe ao iTunes; os restantes 70 são divididos entre artistas, editoras, publishing e distribuição digital. Num cenário muito otimista, o artista recebe cerca de 20 por cento. No iTunes, esta percentagem significa 0.19 dólares por cada música vendida.

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